domingo, 19 de maio de 2013

Ausência do pai e depressão em meninas

Um amplo estudo feito pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, mostrou que meninas que tiveram os pais ausentes no início da infância, ou seja, até os cinco anos de idade, apresentam chances maiores de manifestar sintomas depressivos na adolescência do que aquelas que foram separadas do pai entre os cinco e dez anos de idade. O risco apresentado por elas também é maior do que o dos meninos, nas duas faixas etárias. O estudo, publicado nesta terça-feira no periódico Psychological Medicine, foi realizado com informações de 5.631 crianças, colhidas para um grande estudo longitudinal da universidade, denominado Children of the 90s (Crianças dos anos 90). Com isso, foi possível estabelecer a relação entre a ausência paternal nos cinco primeiros anos de vida das meninas e o risco de depressão, mesmo levando-se em consideração outros fatores, como status social, problemas financeiros, tamanho da família e educação da mãe.

De acordo com os autores, os resultados reforçam estudos anteriores, que sugerem que crianças mais novas têm mais chances de sofrer com sintomas da depressão, porque têm menos mecanismos para lidar com situações difíceis do que as mais velhas (que têm, por exemplo, mais apoio fora da família, por meio dos amigos). Além disso, outros estudos afirmam que os efeitos da ausência do pai podem afetar mais a saúde mental de meninas do que de meninos porque elas são mais vulneráveis a eventos negativos na vida pessoal e familiar.

“Esses resultados indicam uma necessidade de incluir os pais em pesquisas relacionadas à saúde mental de crianças e adolescentes”, afirma Iryna Culpin, principal autora do estudo. Os autores ressaltam que o fato de uma adolescente apresentar depressão não significa que ela será afetada por essa condição durante toda a vida. Além disso, o estudo não levou em consideração o nível de contato e a qualidade da relação entre a criança e o pai ausente, que pode influenciar o risco de depressão.

(Veja)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Frango com níveis alarmantes de arsênico

Você sabia que graças ao uso excessivo de antibióticos na pecuária você está ingerindo arsênico cancerígeno? Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Johns Hopkins Center por um futuro habitável, da Escola Bloomberg de Saúde Pública, descobriu que galinhas criadas com medicamentos à base de arsênico acabam tendo arsênico tóxico, inorgânico em sua carne. Infelizmente, isso significa que inúmeros consumidores estão ingerindo essa substância cancerígena. Para o estudo, que foi publicado na revista científica Environmental Health Perspectives, os pesquisadores estudaram amostras de carne convencional, a carne sem antibiótico convencional, e frango orgânico de dez áreas diferentes. Especificamente, 116 amostras cruas e 145 amostras cozidas foram testadas para o arsênico total, enquanto 78 amostras foram submetidas à especiação. O prazo para o estudo foi de dezembro de 2010 a junho de 2011, dando tempo suficiente para o teste.

Tido como o primeiro estudo a identificar e examinar as formas de arsênico específicas, a pesquisa constatou que galinhas alimentadas com antibióticos à base de arsênico representam um risco para a saúde pública. Os autores do estudo ainda dizem que a Food and Drug Administration tem o dever de tirar as drogas como roxarsone do mercado para proteger os consumidores, como é o trabalho da organização.

Mais preocupante sobre esses resultados podem ser as concentrações de arsênico inorgânico dentro da carne. Embora a FDA não estabeleça um “nível seguro de exposição” para o arsênico inorgânico presente nos alimentos, a quantidade de arsênico na carne, onde a droga roxarsone foi encontrada, muitas vezes estava duas a três vezes acima do sugerido pela FDA em 2011, e essas concentrações deveriam ser inferiores a um micrograma por quilo de carne.

Além disso, os pesquisadores descobriram que cozinhar carne crua contendo roxarsone resultou em diminuição dos níveis da droga roxarsone, mas um aumento nos níveis de arsênico inorgânico.

O resumo do estudo concluiu: “A carne de frango convencional apresentou concentrações mais elevadas de iAs do que amostras de carne de frango orgânico sem antibióticos convencionais. A cessação do uso de drogas arsênicas poderia reduzir a exposição e a carga de doenças relacionadas com arsênico nos consumidores de frango.”

A exposição a níveis elevados de arsênico inorgânico pode resultar em câncer de pulmão, bexiga e pele, e tem sido associada com outras condições também.

(
Natural Society e Notícias Alternativas)

Nota: Ellen G. White disse que chegaria o tempo em que deveríamos deixar de comer carne, leite e ovos (e substituí-los com inteligência e equilíbrio). Talvez já tenha chegado o tempo de considerarmos isso seriamente.[MB]  

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Batons e brilhos labiais têm alto nível de metais pesados

Uma nova análise do conteúdo de batons e brilhos labiais (gloss) revelou níveis alarmantes de metais pesados e elementos cancerígenos. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Berkeley (EUA) analisaram 32 marcas de batom e brilho labial comumente encontrados em farmácias e lojas de departamentos. Eles detectaram chumbo, cádmio, cromo, alumínio e outros cinco metais, alguns dos quais em níveis preocupantes. Estudos anteriores já haviam relatado a presença de metais pesados em produtos cosméticos, mas os pesquisadores agora estimaram o risco de contaminação analisando a concentração dos metais detectados e a eventual ingestão diária desses elementos pelos consumidores, e compararam esses dados com a ingestão máxima recomendada.

“Apenas encontrar esses metais não é a questão, é o nível que importa”, disse Katharine Hammond, principal autora do estudo. “Alguns dos metais tóxicos estão presentes em níveis que podem ter um efeito a longo prazo.”

Batons e brilhos labiais estão entre os cosméticos com maior nível de preocupação porque, quando não estão deixando marcas nas roupas ou sendo repassados como marcas de beijo, eles são ingeridos ou absorvidos lentamente pela pessoa que os utiliza, afirmam os autores do estudo.

A utilização média desses cosméticos foi definida como a ingestão diária de 24 miligramas de maquiagem labial por dia. Mas mulheres que passam muito produto, reaplicando-o várias vezes por dia, podem cair na categoria de alto uso, com até 87 miligramas ingeridos por dia.

Mesmo usando doses diárias aceitáveis, o uso médio de alguns batons e brilhos labiais resulta em exposição excessiva ao cromo, uma substância cancerígena, relacionada, sobretudo a tumores de estômago. O uso elevado pode resultar em exposição excessiva ao alumínio, cádmio e manganês - a exposição a concentrações elevadas de manganês tem sido associada com toxicidade no sistema nervoso.

O chumbo foi detectado em 24 produtos, mas em uma concentração geralmente menor do que o nível de ingestão diária aceitável para um adulto. No entanto, os níveis de chumbo levantam preocupações em relação às crianças, que muitas vezes brincam com maquiagem - para crianças, nenhum nível de exposição ao chumbo é considerado seguro.