domingo, 24 de fevereiro de 2013

Frutas e vegetais deixam jovens mais calmos e felizes

Um novo estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, sugere que comer frutas e vegetais deixa os jovens calmos, mais felizes e com mais energia para as tarefas diárias. Os pesquisadores Tamlin Conner e Bonnie White, do Departamento de Psicologia, e Caroline Horwath, do Departamento de Nutrição Humana, investigaram a relação entre as emoções diárias e o consumo de alimentos. O estudo foi publicado [...] no British Journal of Health Psychology. Um total de 281 pessoas na faixa dos 20 anos fizeram um diário alimentar na internet durante 21 dias consecutivos junto com um ranking de como se sentiam usando adjetivos positivos ou negativos. Antes disso, preencheram um questionário com detalhes de idade, sexo, etnia, peso e altura. Aqueles com histórico de distúrbios alimentares foram excluídos.

No diário, os voluntários preenchiam cinco questões sobre o que tinham comido a cada dia, com a quantidade de porções de frutas, vegetais (exceto sucos e frutas secas) e outras categorias de lanches, bolos e biscoitos. Os resultados mostraram uma relação diária entre o alto consumo de frutas e legumes e o bom humor.

“Em dias de maior consumo de frutas e vegetais, eles relatavam mais calma, felicidade e energia que o normal. Pessoas jovens precisariam consumir de sete a oito porções de frutas e vegetais por dia para perceber uma mudança significativa”, explica Conner, ressaltando que uma porção equivale a uma do tamanho da palma da mão ou metade de uma xícara.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Consumo de carne prejudica vida na Terra

Os habitantes do mundo rico deveriam tornar-se “semitarianos” – ou seja, comerem a metade da quantidade de carne à qual estão acostumados, sem precisarem abrir mão totalmente dela –, para evitar causar danos graves ao meio ambiente. A recomendação é de cientistas que apresentaram o quadro mais claro até agora de como as práticas agropecuaristas estão destruindo o mundo natural. Os cientistas disseram que o escândalo da carne de cavalo trouxe à tona o lado sombrio de nosso desejo por carne, que alimentou um comércio de animais de corte não documentados e refeições prontas de preço baixo e rótulos enganosos. “Existe risco para a cadeia alimentar”, comentou o professor Mark Sutton, que cunhou o termo “semitariano” e é o autor principal de um estudo da Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) publicado na segunda-feira (18). “Agora é um bom momento para conversar com as pessoas sobre esse assunto.”

A busca por carne cada vez mais barata nas últimas décadas - a maioria das pessoas, mesmo nos países ricos, consumia significativamente menos carne uma ou duas gerações atrás - gerou uma expansão maciça da pecuária intensiva. Com isso, quantidades imensas de grãos foram desviadas do consumo humano para o consumo animal, exigindo o uso intensivo de fertilizantes, pesticidas e herbicidas e, de acordo com o relatório da Unep, “provocando uma teia de poluição do ar e da água que está prejudicando a saúde humana”.

Os resíduos que escoam desses produtos químicos estão criando zonas mortas nos mares, levando ao crescimento de algas tóxicas e à mortandade de peixes, enquanto outros ameaçam a sobrevivência de abelhas, anfíbios e ecossistemas sensíveis. “A atenção atraída por esse escândalo da carne destacou a questão da carne de baixa qualidade. Isso tudo mostra que a sociedade precisa refletir muito mais sobre os animais de corte e as escolhas alimentares, pelo bem do meio ambiente e da saúde”, disse Sutton.

A resposta, segundo o cientista, está no consumo de mais vegetais e menos proteína animal. “Coma carne, mas com menos frequência. Faça dela algo especial”, ele aconselhou. “O tamanho das porções é crucial. Muitas porções são grandes demais - são maiores do que as pessoas querem consumir. É preciso pensar em mudar hábitos, em dizer ‘gosto do sabor, mas não preciso comer tanto’”.

Ao encherem seus pratos com legumes e verduras, além de carne, as pessoas ficarão mais bem nutridas. “A maioria das pessoas não percebe a diferença”, disse Sutton, citando um evento recente da ONU em que o chef usou um terço da quantidade habitual de carne, incluindo mais vegetais para compensar, e mais de 90% dos convidados ficaram igualmente satisfeitos. [...]

De acordo com o relatório da Unep, intitulado “Nosso mundo nutricional: o desafio de produzir mais alimentos e energia com menos poluição”, a produção de carne é responsável por 80% do nitrogênio e fósforo usados na agropecuária. Esses nutrientes são produzidos a um custo global muito alto, mas a maior parte acaba desperdiçada no estrume dos animais. Em algumas regiões do mundo, os nutrientes são escassos, resultando em plantações menos produtivas.

A Unep avisou: “A não ser que sejam tomadas medidas, a elevação da poluição e o aumento do consumo per capita de energia e produtos animais vão exacerbar as perdas de nutrientes, os níveis de poluição e a degradação dos solos, ameaçando mais ainda a qualidade de nossa água, nosso ar e nossos solos, afetando o clima e a biodiversidade.”

O estudo também propôs uma série de medidas com as quais seria possível tornar a pecuária menos nociva ambientalmente, desde medidas simples como o armazenamento mais seguro e o uso mais econômico dos fertilizantes até a captura das emissões de gases estufa resultantes de sua produção. O consumo de nitrogênio poderia ser reduzido em 20 milhões de toneladas até 2020, poupando 10 bilhões de libras por ano. A reutilização de resíduos, como estrume, e o tratamento de esgotos com métodos modernos também poupariam centenas de bilhões de dólares.


Nota: Deixe a carne de lado e (1) tenha mais saúde, (2) contribua para a preservação do meio ambiente e (3) poupe os animais de tanto sofrimento. A dieta vegetariana é comprovadamente a melhor opção para a humanidade. Fazia parte do projeto original de Deus (Gênesis 1:29) e continua fazendo parte das recomendações inspiradas dEle para nós.[MB]

Leia também: "O preço da carne"